A fé, no sentido em que estou usando a palavra, é a arte de se aferrar,  apesar das mudanças de humor, àquilo que a razão já aceitou. Pois o  humor sempre há de mudar, qualquer que seja o ponto de vista da razão.  Agora que sou cristão, há dias em que tudo na religião parece muito  improvável. Quando eu era ateu, porém, passava por fases em que o  cristianismo parecia probabilíssimo. A rebelião dos humores contra o  nosso eu verdadeiro virá de um jeito ou de outro. E por isso que a fé é  uma virtude tão necessária: se não colocar os humores em seu devido  lugar, você não poderá jamais ser um cristão firme ou mesmo um ateu  firme; será apenas uma criatura hesitante, cujas crenças dependem, na  verdade, da qualidade do clima ou da sua digestão naquele dia.  Consequentemente, temos de formar o hábito da fé. ...
CS Lewis,  Cristianismo puro e simples
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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